História do Brasil/A Pré-História do Brasil
Normalmente, os brasileiros costumam se referir ao período anterior à chegada dos europeus no continente americano como pré-história, ou mesmo como período pré-colombiano.
No entanto, tal forma de nomear este período cria diversos problemas, já que a história do país teria pouco mais de quinhentos anos enquanto sua pré-história, quase cinquenta mil anos. O espaço que costuma ser dedicado, tanto em escolas quanto em faculdades de História, ao estudo desse período é relativamente curto se for comparado com o período da história.
Isso se deve a vários fatores, sendo talvez o mais importante deles os poucos vestígios restantes desse enorme espaço de tempo.
Teorias Migratórias
Segundo muitos cientistas, foi no continente africano que surgiram os "primeiros humanos". Da África, nossos ancestrais deslocaram-se para outras regiões da terra, ocupando os mais variados ambientes no decorrer de milhares de anos. Uma dessas regiões foi a América.
Populações Indígenas
A população indígena já estava aqui muito antes dos europeus chegarem ao Brasil no Século XV talvez desde 15.000 a.C, habitando o continente inteiro, sendo assim muitas de nossas alterações ligüísticas em relação aos portugueses estão também ligadas a esses povos.
A população da América em 1.500 representa aproximadamente um quarto da população mundial[1], somando entre 90 e 112,5 milhões de pessoas[2] que, no século e meio seguinte, sofrerão uma depopulação na escala de 20:1 a 25:1 (CHAUNU, idem).
Em 1492, numa estimativa conservadora, há na Amazônia 5,1 milhões de habitantes[3], número que se reduz para 250.000 habitantes em fins do século XIX.
Principais troncos linguísticos do Brasil
Os principais troncos linguísticos do Brasil anterior a Cabral eram:
- Tupi: Viviam em aldeias de até três mil habitantes e em grandes ocas capazes de abrigar aproximadamente duzentas pessoas. Plantavam mandioca, cará, feijão, pimenta, batata-doce, amendoim, tabaco e algodão através do sistema da coivara, isto é, o plantio após a queima da vegetação nativa e posterior migração com o esgotamento do solo. Teriam descido das terras altas peruanas em 5.000 a.C. concentrado-se em regiões do atual estado de Rondônia e posteriormente, em 500 a.C, teriam se dividido em dois ramos empreendendo nova migração, um ocupando as terras amazônicas e outro o litoral.
- Macro-jê: Ocupam o centro do Brasil atual, desde o sertão nordestino até o Planalto Central e o Sul vindos talvez dos Andes em 2.000 a.C. Cultivam o milho e o feijão, principalmente, este último adorado pelos ameríndios das tribos Xavante e Bororó. Vivem em aldeias de até mil indivíduos divididas por sua vez em metades simétricas, as quais comandam as aldeias em épocas alternadas, na seca e na época de chuvas. Têm o hábito de adornar o corpo com pinturas e com o batoque, objeto de madeira utilizado nas orelhas ou no lábio inferior.
- Aruak ou Nu-aruak: Povos que ocupavam regiões amazônicas e andinas, em especial ao norte da América do Sul.
- Karib: Povos que ocupavam regiões amazônicas, em especial ao norte da América do Sul.
Mais alguém chegou antes dos europeus?
Existem relatos que os vikings alcançaram a porção norte da América em uma expedição. Apesar de tentar se estabelecer no continente estes desbravadores retornaram à Europa.
Nossos índios têm seus olhos um pouco puxados, e há várias explicações para este fato. Uma é que asiáticos tenham chegado através do estreito de Behring durante uma das glaciações, tendo se estabelecido ao longo da América do Norte e chegado até a do Sul. Outra, mais recente, surgiu da simulação feita sobre o fóssil de uma mulher que viveu há cerca de 30 mil anos, apelidada de Luzia, e cujos traços a colocam como aparentada dos habitantes das ilhas dos mares do Sul, como a ilha de Páscoa.
Referências
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