Análise de balanços/Análise tradicional/Análise horizontal
A finalidade da análise horizontal é identificar o crescimento no tempo de cada item das demosntrações contábeis com o intuíto de caracterizar tendências desses ítens.
A fórmula geral é:
Onde:
- : é a variação horizontal percentual do item analizado;
- : valor do item no ano-base;
- : valor do item no ano de análise;
Como pode-se ver, a análise horizontal nada mais é do que a variação percentual em base 100% (ou em base 1, caso se opte por utilizar índices (não multiplicar por 100)) de uma ano tomado como base para o outro.
Exemplo 1
Vejamos um exemplo:
Conta/Ano | ano 1 | ano 2 | ano 3 |
Vendas | 1200* | 1350 | 1475 |
Custos das mercadorias vendidas | 1000 | 1100 | 1200 |
Lucro bruto | 200 | 250 | 275 |
(*) Valores em moeda corrente.
Agora, ao aplicarmos a fórmula da análise horizontal, tomando o ano 1 como base, teremos:
E aplicando a fórmula para os anos das contas de Custo das mercadorias vendidas e para o lucro bruto, teremos:
Conta/Ano | ano 1 | ano 2 | ano 3 |
Vendas | 100* | 112,5 | 122,92 |
Custos das mercadorias vendidas | 100 | 110 | 120 |
Lucro bruto | 100 | 125 | 137,5 |
(*) Valores em percentual.
Desta tabela, podemos fazer uma pequena análise:
- Percebe-se que o valor de vendas está crescento mais rapidamente que o valor dos custos, o que leva o lucro bruto a uma tendência de crescimento. Se fosse o contrário, os custos crescendo mais rapidamente que as vendas, a tendência do lucro bruto seria a de redução.
Embora extremamente simples de se efetuar, a análise horizontal é um instrumento poderoso de análise contábil, podendo ser empregada em qualquer série temporal, mesmo das que não constem em demosntrações contábeis, tais como volume de produção, número de horas-extra, etc.
Observações gerais
É muito importante a correta seleção dos itens a serem considerados na análise horizontal, pois, devem ser agrupadas as contas pouco representativas em grupos maiores a fim de que a análise não se torne complexa ao extremo restando, então, prejudicada a sua eficácia.
Por isso recomenda-se que sejam selecionados as contas de até o quarto nível (no caso do Ativo, temos, Ativo, 1º nível; Ativo Circulante, 2º nível; Disponibilidades, 3º nível; Caixa, 4º nível). Também recomenda-se o acompanhamento de contas críticas, independentemente de seu nível.
Vale lembrar que a análise horizontal não pode nunca ser empregada de forma isolada, mas sim em conjunto com a análise vertical, os quaocientes e outras ferramentas de análise, estatísticas ou não, a fim de que se possa ter um elevado nível de qualidade da análise contábil a ser feita.