Civilizações da Antiguidade/As primeiras conquistas do Homem: mudanças entre as edições
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- o fabrico dos instrumentos aperfeiçoou-se com o endurecimento, pelo fogo, das pontas das lanças, tornando-as mais resistentes. | - o fabrico dos instrumentos aperfeiçoou-se com o endurecimento, pelo fogo, das pontas das lanças, tornando-as mais resistentes. | ||
A utilização do fogo | A utilização do fogo provocou ainda alterações físicas, demográficas e socias na vida das primeiras comunidades. Assim, a gestão de alimentos cozinhados conduziu a alteração da nutrição e, consequentemente do formato do rosto. Uma melhor e mais variada alimentação proporcionou uma maior resistência ás doenças e á morte, o que contribuiu para um aumento populacional. Por último o convivio á volta da fogueira teria conduzido á um forte sentimento de união entre os elementos do grupo, contribuindo para o desenvolvimento da própria linguagem. | ||
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Edição das 04h09min de 16 de fevereiro de 2006
As Primeiras Conquistas do Homem
Os Seres Humanos não apareceram na Terra num momento que possa ser marcado cronologicamente de forma exacta. Pelo contrário: A espécie humana é o resultado duma evolução constante, de caracter físico e intelectual, que se prolongou por milhões de anos. Dessa evolução possuimos apenas alguns dados arqueológicos que nos permitem apresentar teorias e chegar a algumas conclusões. Os temas que abordaremos a seguir retratam algumas das primeiras grandes conquistas do homem, conquistas fundamentais para a sua sobrevivência e progresso.
A produção de intrumentos
O período de evolução dos primeiros seres humanos designa-se por humanização (transição de homínideo para homem) e foi um processo lento e gradual. A primeira grande característica que o diferenciou dos restantes primatas foi a sua capacidade para se erguer numa posição vertical - a bipedia.
Esta passagem de quadúpede a bípede foi fundamental no seu processo de evolução, pois libertou-lhe as mãos da função locomotora, e passou a poder dispor das mãos - agora livres - para outros fins: apanhar alimentos, segurar, lançar, agarrar,, partir pedras e outros objectos. Estas actividades possibilitaram que o polegar se tornasse oponível aos restantes dedos e a mão ganhou uma maior agilidade.
A agilidade manual possibilitou ao Homem o fabrico e a utilização de instrumentos. Passou a designar-se, assim, Homo Habilis A verticalização, a libertação das mãos e a utilização destas em actividades que estimulam os processos mentais provocaram um aumento da caixa craniana e massa cerebral. No cérebro desenvolvido iria situar-se o centro da inteligência.
A partir da pedra, osso e marfim: primeiros instrumentos
Através de estudos efectuados pela Arqueologia pudemos chegar á conclusão de que a madeira, o osso, os chifres e os dentes de certos animais, como, por exemplo, da rena e do mamute, serviram de matérias primas para o fabrico dos primeiros instrumentos. Mas foram essencialmente os instrumentos de pedra, sobretudo de silex ou seixo, que chegaram até nós em maior quantidade e variedade (devido à sua maior resistência relativamente aos outros materiais referidos).
Os mais antigos instrumentos de pedra conhecidos eram os rudimentares seixos partidos. Estes instrumentos de pedra lascada foram sendo gradualmente aperfeiçoados pelo homem cada vez mais capaz, ao longo do Paleolítico pelo meio de técnicas de corte de pedra. Foram assim produzidos os primeiros bifaces que serviam para rasgar a pele e a carne dos animais, e processar plantas comestíveis.
Domínio do Fogo
Coube ao Homo erectus, sucessor do Homo habilis, o dominio da primeira fonte de energia: o fogo. a sua utilização provocou profundas alterações na vida ho homem: - os alimentos passaram a ser cozinhados, tornando-se mais saborosos e fáceis de digerir; - iluminação e aquecimento dos locais frios e escuros tornou mais fácil a permanência nas cavernas; - a defesa face aos animais ferozes tornou-se mais eficaz, pois estes temiam o fogo; - o fabrico dos instrumentos aperfeiçoou-se com o endurecimento, pelo fogo, das pontas das lanças, tornando-as mais resistentes.
A utilização do fogo provocou ainda alterações físicas, demográficas e socias na vida das primeiras comunidades. Assim, a gestão de alimentos cozinhados conduziu a alteração da nutrição e, consequentemente do formato do rosto. Uma melhor e mais variada alimentação proporcionou uma maior resistência ás doenças e á morte, o que contribuiu para um aumento populacional. Por último o convivio á volta da fogueira teria conduzido á um forte sentimento de união entre os elementos do grupo, contribuindo para o desenvolvimento da própria linguagem.