A evolução do hardware e software para a indústria cinematográfica mostra um setor que exige desenvolvimento tecnológico. Do chroma key ao CGI, a inovação sempre foi um componente diferencial no mundo audiovisual.
A evolução do hardware e software para a indústria cinematográfica mostra como um setor que exige desenvolvimento tecnológico acaba impulsionando a construção de conjuntos que, um dia, farão parte da vida cotidiana.
O exemplo de “Toy Story” é cristalino. Em 1995, o volume de dados (1 terabyte) para processar e trazer ao cinema a crônica dos profissionais da indústria do Xerife Woody chocou a quadrilha: Foram necessárias 800.000 horas para terminar a renderização das imagens. Hoje, um quarto de século depois, existem modelos de PCs domésticos capazes de processar esta proporção de dados e renderizar uma fita de 120 minutos em menos de uma hora.
Entretanto, a produção de conteúdo cinematográfico é mais sofisticada e a indústria exige cada vez mais especialistas qualificados. E qualquer falha destes grupos não é perdoada pelo público. A cada novo filme ou série na franquia Marvel, erros exemplificativos de imagens geradas por computador (CGI) são apontados pelos fãs.
No entanto, foi a competição da DC Comics que ofereceu o último grande deslize. Enquanto filmava cenas do longa-metragem “Liga da Justiça” (2017), o ator Henry Cavill realizou adicionalmente um trabalho em outro filme (“Tarefa Impossível”), no qual o personagem tinha um bigode. O suporte especial de efeitos do filme DC Comics pensou que ele poderia apagar o bigode com a pós-produção, em CGI. O resultado foi ruim, e o público passou semanas produzindo memes e piadas com o hashtag #supermanmustache.
As tecnologias disruptivas são sempre bem-vindas, mas elas têm que servir a um plano; há casos em que a simplicidade pode ser mais interessante. O controle ideal dos horários e mais cuidado na caracterização do personagem poderia ter resolvido o problema.
O DNA da inovação
A inovação sempre foi um componente diferencial no mundo audiovisual; em resumo, nossa realidade cinematográfica e televisiva se deve a técnicas e conjuntos que revolucionaram a comunicação. A série de televisão “Batman”, estrelada por Adam West, foi uma das primeiras produções em cores a chegar aos lares americanos nos anos 60. Duas décadas depois, a série de televisão “Hulk”, com o ator Bill Bixby como cientista David Banner e o fisiculturista Lou Ferrigno dando vida ao super-herói verde, foi outro marco em efeitos especiais nos anos 80.
Após este período, no final dos anos 90, o uso de chroma key e técnicas e maquiagem cada vez mais sofisticadas foram centrais para sucessos como o “Aliens” de James Cameron. Entretanto, o salto em tecnologia disruptiva foi evidente com a computação gráfica: efeitos especiais quebraram uma barreira evolutiva. Exemplos disso são os blockbusters “Terminator 2” (1991), “Jurassic Park” (1993), “Toy Story” (1995), “Titanic” (1997) e “Star Wars – The Wraith Menace” (1999).
A história dos diálogos de desenvolvimento tecnológico com ambientes diversos. Os avanços no desempenho das fitas foram além da indústria do entretenimento e entraram na vida cotidiana, como nas tecnologias de imagem para fins clínicos.
Precisão na tecnologia de imagem
Embora a Lucasfilm esteja associada à franquia Star Wars, as produções de filmes da Marvel e da DC Comics estão endividadas com o trabalho do núcleo tecnológico da organização. A primeira câmera controlada por computador veio dos adereços de George Lucas, que trouxeram o controle de panorâmico às produções.
Uma maior precisão no controle da captura de imagens tem sido fundamental para os resultados da computação gráfica, que, a partir dos anos 90, sofreu sucessivos saltos evolutivos impulsionados pelo desenvolvimento de computadores com hardware e software cada vez mais capazes e precisos.
O segundo foi o de imagens geradas por computador (CGI), que trouxe avanços inimagináveis em 1973, quando o filme “Westworld” estreou o uso do processamento digital de imagens. Ou seja, a partir da inovação de pixelar a imagem para simular a perspectiva do andróide, os futuros trabalhos de CGI passaram a gerar personagens, objetos, cenários e até mesmo filmes inteiros.
Em 1995, “Toy Story” abriu o mercado de longas-metragens feitos inteiramente em CGI. E a franquia é um verdadeiro museu da evolução das máquinas de CG: basta comparar o resultado da imagem do pêlo do cão presente no primeiro filme com o obtido no quarto episódio para um gatinho em 2019.
Fonte:
http://www.ariehalpern.com.br/do-chroma-key-ao-cgi-a-tecnologia-nas-telas/
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