Somente no espaço comercial, o teletrabalho foi responsável pela escolha de compra de 74% dos consumidores. A pesquisa da FGV sugere que as organizações precisam investir em tecnologia, trabalho digital, trabalho virtual e transformação organizacional digital para se manterem competitivas.
A corrida pela digitalização do mercado corporativo e a transformação do local de trabalho administrativo foram alguns dos cenários impostos pela doença pandêmica nos últimos 2 anos que só aceleraram a forma como o mercado se comportará no futuro próximo.
A pandemia nos mostrou que nesta situação conseguimos não só manter a comunicabilidade, mas também as compras e as vendas.
Entre 2021 e 2022, os investimentos em TI nas organizações crescerão 8,7%. Considerando que, nos últimos 34 anos, os gastos com tecnologia têm sido de 6% ao ano, os dados divulgados pela 33ª versão da Pesquisa Anual sobre Mercado e Uso de TI em Organizações Brasileiras, pela Fundação Getulio Vargas (FGV), garantem a priorização na viabilidade de novos modelos de negócios.
Na área de vendas, por exemplo, as tendências apontam para o desenvolvimento e adoção de tecnologias e negócios virtuais. Assim, os vendedores, clientes e organizações que estão atentos a estas mudanças têm mais chances de sucesso neste cenário cada vez mais competitivo. Isto é sugerido por um relatório de uma aplicação virtual especializada em redes de contatos de especialistas. Intitulado “O cenário de vendas no Brasil”, a análise, publicada este ano, afirma que o trabalho remoto permite que 74% dos consumidores optem por comprar.
Para acompanhar o mercado cada vez mais ousado em tecnologias que atendem a essa clientela, 63% dos vendedores mencionaram que irão expandir o uso dessas ferramentas este ano. Para outros 52% dos marqueteiros pesquisados, é através da tecnologia que eles irão melhorar seu desempenho nas fileiras superiores, tentando encontrar ferramentas para conhecer os clientes potenciais antes de contatá-los.
Para que as empresas possam avançar e se consolidar no mercado, a conjunção de tecnologia, força de trabalho digital, trabalho virtual e transformação organizacional digital é vista como a fórmula vencedora. As organizações devem, portanto, evitar abordagens simplistas que se concentrem unicamente na tecnologia. A solução poderia ser continuar com uma visão integrada da transformação organizacional, de acordo com a FGV.
Para a gerente organizacional Sarah Queiroz Casasanta Gama, as empresas precisam conceituar planos e objetivos para entender as necessidades e ocupações em torno dos modelos de trabalho. Com 16 anos de experiência no setor, ela lembrou os esforços das empresas, que foram forçadas a reformular os fluxos e processos de trabalho inicialmente a partir da doença pandêmica do Covid-19, e a desburocratizar rotinas, automatizando e digitalizando processos. “Tem sido um tempo de trabalho árduo para os setores de TI das organizações, que receberam pedidos diários de melhorias, mudanças de processos sistêmicos ou novos desenvolvimentos”, confirma ela.
Para ela, um grande aliado nesta reformulação corporativa tem sido a figura do Proprietário do Produto, uma metodologia que revolucionou o gerenciamento de projetos. Neste ambiente, a ferramenta tem sido o nexo de aliança entre os diferentes departamentos e a área de TI, não apenas recebendo e gerenciando o Backlog de Produtos, que é uma lista de cada uma das propriedades desejadas de um produto, mas também ajudando os setores na identificação, redução de gargalos, definição e validação de novos fluxos de trabalho e processos de trabalho.
“O resultado de todo esse trabalho trouxe rapidez nos processos e melhorou os recursos, substituindo o trabalho e controles manuais por automáticos, levando à incorporação sistêmica de dados, utilizando inteligência artificial (Inteligência Artificial) e resoluções de Grandes Dados, proporcionando mais tempo para estudo e tomada de decisões”, descreveu o especialista. Ele também destacou o intenso investimento das organizações em marketing digital, a fim de promover produtos e até mesmo expandir a gama de negócios.
Como parte da experiência com novos modelos de trabalho, as organizações acabaram internalizando certos métodos de comunicação utilizados em emergências, tais como aplicativos de mensagens, chamadas de vídeo e outras tecnologias, entendendo que eles contribuem para fortalecer as interações de especialistas. “A doença pandêmica nos ensinou que, nesta situação, não só conseguimos nos comunicar, mas também trabalhar juntos.
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